Citando alguém da nossa praça, isto há dias de manhã que nem de tarde se deve sair à noite. E hoje foi um desses dias.
O nevoeiro típico do Tejo que eu tanto adoro cercou a cidade, a ponte perdida no meio de todo aquele branco. Saio de casa e a a porteira finta-me, encurrala-me num canto e prende-me na sua tagarelice desnecessária com sermões fingidos de cidadania de condomínio. Na Gel, a bica sabia a café torrado. O Mp3 sem pilhas e a Carris a fazer desesperar pela merda do Bus.
Um daqueles dias em que nada, mas rigorosamente nada nos sabe a bem, nem o cigarro. Tudo com um sabor... enevoado. Chega-se a casa e observa-se a medo o olhar desafiador da pilha de loiça da noite anterior. Música. Preciso de música para enfrentar isto. Shuffle para não termos de pensar em playlists.
Até que, por entre pratos e tachos com restos de massa e atum, quando achamos que o dia já se perdeu no breu que se pôs e que a vida é como aquele tacho que não quer deixar tirar o torrado ( sim, torrei a comida!!) , eis que surge o primeiro sorriso.... e sabe a gargalhadas.
A esta música o devo. ;)
The Who - Pictures of Lily.
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