terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Algures em Janeiro

Num recanto sentado a contar palavras ditas sobre qualquer assunto. O aviso da encomenda encontrei-o no correio à uma semana. Ela ainda não chegou. Tu. Também não. Desespero e telefono para um número ao calhas encontrado na lista telefónica. Do outro lado, não me atendem. Ligo para o 118 e desligo porque me lembro que há coisas com as quais não devo brincar.
Vou para a rua e gostava que chovesse ou nevasse. O frio vestido de branco. Uma longa metragem marcada de pegadas incógnitas.
Assim não sendo cumprido o meu desejo, bem agasalhado, levo os phones aos ouvidos, danço pela rua. Caminho depressa. Os terminais nervosos. E as pessoas. O fumo e os carros. Começo o jogo. Do vazio; a alienação. Um plano geral, longo, sem cortes, sem planeamento.
A sorte pode correr bem num momento qualquer.
Depois.
Amanhã. Hoje volto a casa e hei-de questionar uma e outra palavra e o decorrer das histórias.


Pedro Clérigo

1 comentário:

Anónimo disse...

O que é afinal a vida do que um conjunto interminável de questões? :)


É preciso é encontrarmos, uma ou outra vez, alguma resposta.