terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Observações.

Gosto da forma suave como tu passas as mãos pela cara. Como fazes perguntas e como mexes nas tuas mãos.
De um a vinte, passo pelo sete o nove o onze o treze, às vezes o catorze e o dezassete, para final o dezanove.
Daí, depois, só o 21.
Às vezes gosto de aldrabar o caminho natural do delírio. Provoco-o. Por prazeres. Quando se mistura o fumo numa ideia e subitamente não se vê. Se possivel, já se esqueçeu.
Ela tem uma vaquinha na secretária onde está o computador. Provavelmente estará a fumar um cigarro. Já pensou num café.
Um número que não conheço. Uma personagem que também não. E não, em redundância, não interessa.
A outra tem uns lábios lindos. Do sangue. Do vermelho. Se sorrir seduz. Tiro-lhe um retrato com o pensamento enquanto derivo na lembrança. Passaram-se dias. Nem o verde nem as outras cores do jogo.

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